quarta-feira, 31 de janeiro de 2018
Telespectador
As intimidades que criei para adoração da sua imagem percorrem infinitas milhas, há dia em que acordo e me recordo ter sonhado contigo duas vezes, o belo exemplo de apego hipnotiza mas também prolonga o sono, esse desequilíbrio faz parte da minha realidade abalada. Tenho vontade de escrever um livro só com as ilusões processadas pela mente, somente com as histórias que foram frutos dessa imaginação cismada, as famosas nunca vividas. O sorriso lindo continuaria o mesmo, a veracidade do meu entusiasmo também mas o limite da incoerência atingiria grau extremo, seria a própria ficção solidificando amor infundado aos olhos dos insensíveis. Pra mim, continuaria sendo uma viagem de primeira que percorro quando menos espero.
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